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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Tema:
Título: A Fé e o Tempo


Texto Bíblico de:

Hebreus 11:8-19

8- Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que deveria receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. 9- Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; 10- porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. 11- Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa. 12- Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar. 13- Todos esse morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. 14- Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. 15- E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam a oportunidade de voltar. 16- Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. 17- Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, 18- a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19- porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou.

Introdução:

Hoje temos visto uma grande confusão na Igreja de Cristo no tocante ao real conceito Bíblico de fé. Muitos pregadores e muitos crentes têm feito da fé um mero objeto de status e poder, deixando de lado o verdadeiro sentido do “crer em Deus e em suas promessas.” Parece que, nos nossos dias, a fé tem sido uma ferramenta de notoriedade para o cristão ao passo que ela deveria ser uma ferramenta de confiança e humildade. É como se muitos usassem da sua fé para aparecer diante da sociedade nesses dias maus, mais ou menos como em Babel, onde os homens queriam construir uma torre para fazer célebre o seu próprio nome.

Em contraste e este estilo de fé “babilônico” que temos visto em larga escala em nossos dias, vemos também a fé demonstrada no texto lido pelo servo do Senhor Abraão. O capítulo 11 da Carta aos Hebreus, com certeza, é o relato mais conciso e direto do que vem a ser a fé Bíblica. O verso 1º traz a clássica definição do que vem a ser a fé: “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.” (Hb.11:1) Abraão era um homem diferente, que aprendeu a não confiava em suas próprias habilidades, mas sim no Senhor.

Ao invés de Abraão tentar construir uma notoriedade própria, ele continuamente foi aprendendo a entregar-se por completo ao Senhor. Por causa de sua fé, o Senhor realizou em Abraão tudo o que os homens de Babel buscaram em vão – um nome que seria estimado por todas as gerações, uma cidade que duraria para sempre... Abraão nos mostra que a fé verdadeira, genuína, não é um conglomerado de princípios humanos, uma fórmula mágica poderosa, uma lista do que fazer e do que não fazer, enfim, uma poção que resolverá todos os problemas. A fé é algo prático que se revela, se ensina e aprende, se prova pelo tempo.

Transição: Desta feita, vamos tratar hoje sobre a Fé e o tempo. Vamos ver que a fé genuína passa pelo teste do tempo e se fortalece através dele:

1o) Deus fez a promessa da terra, mas Abraão teve que caminhar um bom tempo até ela: (Vv.8-10)

Ver pequeno histórico da peregrinação pelo crescente fértil e as fases da caminhada de Abraão. 1.) Sai de Ur dos Caldeus com seu pai e família e vai para Canaã parando em Harã (Gn.11:31). 2.) Deus chama Abraão a deixar sua terra e sua parentela e seguir para um lugar que o Senhor o mostraria (Gn.12:1-5). 3.) Havia fome em Canaã e o Senhor conduziu Abraão ao Egito como peregrino (Gn.12:10). 4.) Abraão volta ao Neguebe com Sara e Ló e ali se separa do seu sobrinho (Gn.13:1-ss)

Deus lhe mandou ir, mas não disse onde. João Calvino, em seu comentário sobre a Carta aos Hebreus, afirma que Abraão demonstrou a sua fé abrindo mão de tudo o que tinha de certo para lançar-se ao “incerto” de Deus. Ele pôs em prática o início do verso primeiro de Hebreus 11: “Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam...” (Hb.11:1ª) Mesmo sendo morador urbano, saiu a morar em tendas em uma terra estranha. Estava sobre a terra sem saber que já havia alcançado. Abraão esperava a Cidade de Deus, a Nova Jerusalém.

Uma boa frase para a lápide de cristãos: Por ter vivido firmado na Rocha que é Cristo (Mt.7:24-25); combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé (2Tm.4:7); hoje moro na cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus (Hb.11:10). Aleluia!

2o) Deus fez a promessa de uma descendência, mas Abraão e Sara tiveram que esperar anos para ter um filho: (Vv.11-12; 17-19)

Abraão e Sara esperaram cerca de 40 anos pra receberem Isaque. E passou o tempo, e veio Hagar e Ismael, e vieram os anjos à entrada de Sodoma e Gomorra, a destruição das cidades, o livramento de Ló... Até que chegou o esperado Isaque. Além de esperar todo esse tempo pelo filho da promessa, ainda pela fé, Abraão estava disposto a perder esse filho se o Senhor o quisesse.

3o) Deus faz suas promessas em Cristo, e só as receberemos no tempo do Senhor: (Vv.13-16)

Morreram sem ver a promessa concretizadas em suas vidas, mas nem por isso deixaram de crer. Abraão morreu muito antes de Josué entrar com o povo e tomar posse de Canaã. Passaram várias gerações até que isso se concretizasse. Veio Isaque, Jacó, José, 430 anos de Egito, Mar vermelho, 40 anos de deserto com Moisés, Rio Jordão; só aí Josué entra para conquistar Jericó. Ansiavam tanto pela promessa de Deus que nem se lembravam mais de onde saíram.

Pela sua fé, Deus não se envergonha deles e os levará para a sua cidade. “... a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. (Hb.11:10) A promessa divina foi confirmada pelo Senhor Jesus, que nos garante: Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.(Jo.14:2).

Muitos servos do Senhor morreram na fé sem terem visto a concretização dos projetos de Deus por intermédio de suas vidas: Adoniran Judson morreu sem ver a Birmânia convertida; Mônica morreu sem ver Agostinho crente; John Knox morreu sem ver a Escócia convertida; John Huss foi excomungado em 1410 queimado vivo sem ver a reforma; Os Apóstolos morreram sem ver a volta do Cristo, nem por isso deixaram de crer. As promessas que Deus tem para nós foram feitas em Cristo, para nos apropriarmos pela fé no Senhor, e para aguardarmos o cumprimento do seu tempo em nós.

Conclusão:

Amados, Rick Joyner nos diz que: A fé verdadeira não é uma receita que pode ser aprendida de cor, nem é um sentimento, uma avaliação intelectual ou concordância com certos princípios. A verdadeira fé só pode vir com visão espiritual. A verdadeira fé é um simples reconhecimento Daquele em quem nós cremos. A verdadeira fé é conhecer Jesus, é a habilidade de vê-lo no poder de sua ressurreição como Abraão foi capaz de fazer mesmo antes de Ele vir. Fé não é apenas acreditar nas palavras do Senhor, mas acreditar na Palavra. A verdadeira fé é a habilidade de ver a eternidade e isto nos liberta do apego aos cuidados e preocupações deste mundo que está se acabando.

Não desanime na espera. A Palavra nos garante vitória: Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. (Hb.10:23) Não vacile na sua fé, pois a sua fé é fortalecida pelo tempo.

A Ele, pois, toda a Glória, Honra e Louvor por toda a eternidade. Em Cristo Jesus. Amém.


Rev. Alessandro Capelari.

(IPB do Jardim Alvorada)

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